CDB vs Poupança

Por Redação

CDB vs Poupança

O que são CDB e Poupança

A poupança é um depósito bancário cujos recursos não podem ser livremente utilizados pelos bancos. Por esse motivo, possuem um rendimento inferior à maioria dos outros investimentos de renda fixa.

Em títulos de CDB, CDI ou letras, bancos podem dispor integralmente do valor dos depósitos para reempréstimo aos seus clientes. Por essa razão, tendem a remunerar melhor os depositários.

O Certificado de Depósito Bancário, ou CDB, especificamente, é um título usado por bancos para a captação de recursos. O dinheiro que você deposita no CDB é reutilizado por bancos para empréstimos e financiamentos. Em troca do capital que você disponibiliza, o banco lhe proporciona um juro pré-determinado, ou seja, trata-se de uma aplicação de renda fixa.

Existem três tipos de CDBs oferecidos no mercado:

  • Os pré-fixados, com uma taxa fixa de juros ao ano
  • Os pós-fixados, cujos juros estão atrelados a algum índice, que pode ser o DI, por exemplo
  • Os indexados, que possuem juro anual fixo, mas também oferecem variação adicional em função da inflação

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Por que CDB e poupança são úteis?

A poupança oferece grande segurança na recuperação de recursos, caso os bancos não consigam pagar eventuais dívidas, mas tem menores rendimentos. Além disso, como possui rendimentos pagos em aniversários mensais, costuma ser uma boa opção para quem precisa eventualmente retirar o dinheiro aplicado.

Entretanto, se o seu objetivo é aplicar e poupar a médio ou longo prazo, não é a melhor opção. O CDB é um investimento seguro, especialmente até o teto de R$ 250 mil (garantidos pelo FGC), e paga rendimentos muito superiores aos conseguidos numa caderneta de poupança.

Os CDBs também possuem grande variedade de produtos, enquanto a poupança, independentemente do banco, paga um mesmo rendimento conforme o dia de aniversário no mês. CDBs são títulos pré-fixados que têm rendimentos que podem variar conforme o contrato. Assim, é possível conseguir aplicações que, mesmo após dedução de impostos, o rendimento supere índices de juros como a Taxa Selic no ano.

Vale ainda lembrar que existem CDBs de liquidez diária rendendo a taxa muito próxima ao CDI, sendo também um bom substituto para aqueles que precisam de dinheiro no curto prazo.

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Comparações

A poupança possui um rendimento estabelecido por lei. Ela rende, mensalmente, 0,5% mais a chamada Taxa Referência. Entretanto, quando a Taxa Selic é reduzida para uma taxa abaixo dos 8,5%, essa parcela fixa de 0,5% do rendimento passa a ser substituída por 70% do valor da meta da Taxa Selic. Em outras palavras, quando o juro anual referencial é reduzido, a poupança rende ainda menos que o usual.

O rendimento CDB, como foi visto, depende do contrato estabelecido. O mais comum deles é contrato chamado de pós-fixado. Nessa modalidade, o rendimento do CDB é atrelado a um índice referencial – geralmente a Taxa de DI.

A taxa de DI é um índice que norteia os depósitos interbancários. Trata-se do juro pago por um banco quando este toma capital emprestado de outra instituição financeira. Em bancos de varejo, como Bradesco, Itaú e alguns bancos estatais, CDBs geralmente pagam um valor ligeiramente inferior à Taxa de DI. É um índice que sempre acompanha a Taxa Selic com pequena margem de variação. Como a poupança, em épocas de juros baixos, paga apenas 70% do índice da Selic mais a minguada TR, o CDB torna-se uma opção ainda mais vantajosa e rentável.

Os CDBs de bancos menores presentes nas corretoras podem ser ainda mais vantajosos. Como exemplo, há muitas corretoras que oferecem títulos de CDB com rendimentos de 110% o valor da Taxa de DI, com alguns rendimentos chegando a mais de 120%. Para entender como investir em CDB fora do seu banco, clique aqui.

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Exemplos recentes
Se considerarmos, por exemplo, os anos de 2014 e 2015, temos uma vantagem nítida dos CDBs em relação à poupança. Em 2014, para uma inflação de 6,4% ao ano, a poupança pagou rendimentos de 7%, enquanto a Taxa de DI, base dos CDBs, evoluiu 10,8%.

Em 2015 a diferença foi ainda maior. A poupança rendeu apenas 7,9%, mal se aproximando da inflação anual de 10,7%. O CDI, contudo, bateu o índice de 13,2%. CDBs com contratos cobrindo 110% da Taxa de DI pagaram, nesse cenário, quase 15% de rendimento bruto.

Agora, consideremos o rendimento líquido nesse mesmo caso. Para aqueles que fizeram uma aplicação breve, de até 360 dias, pagando a maior taxa de Imposto de Renda sobre os lucros – 22,5% – o rendimento, ainda asism, superou bastante o da poupança.

Títulos de CDB com 110% da CDI chegaram a pagar, em 2015, 11,63% de rendimento líquido em aplicações de curto prazo. A poupança ficou com rendimento de 7,9%. Para aqueles que aplicaram no mesmo CDB, porém em prazos mais alongados, acima de dois anos, o rendimento em 2015 superou os 12%.

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