Como a TR afeta seus investimentos
A Taxa Referencial (TR) tem grande importância no universo dos investimentos, ainda que muitas pessoas nunca tenham escutado falar dela. A questão é que todos são afetados diariamente pela TR.
De que maneira? A TR é a taxa de juros responsável pelo reajuste dos financiamentos e também faz parte do cálculo da rentabilidade de alguns dos títulos mais importantes do mercado financeiro.
A seguir, explicaremos o que é a Taxa Referencial, as diferenças de sua versão mensal e diária e, principalmente, como ela afeta os seus investimentos.
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O que é a TR (Taxa Referencial)?
A Taxa Referencial foi criada em 1991, durante a presidência de Fernando Collor. Ela fazia parte de um pacote de ajustes e medidas econômicas chamado de Collor II. Tinha como objetivos principais auxiliar o combate à hiperinflação e uma desindexação econômica – numa tentativa de controlar a inflação, reajustando e diminuindo os preços.
Hoje, a Taxa Referencial funciona como parâmetro para reajustes econômicos. Ela é, então, uma taxa de juros de referência, sendo uma espécie de indicador do momento econômico do País.
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TR mensal e TR diária: quais são as diferenças?
Sabendo o que é a Taxa Referencial, fica fácil entender suas variações: a TR mensal e a TR diária.
A TR mensal é a taxa usada na correção monetária. Assim, ela é utilizada em seus investimentos: toda vez que o dinheiro que você aplicou completa um mês cheio (período de 23 dias úteis), é considerado o valor atual da TR mensal para estimar seus rendimentos.
Já a Taxa Referencial diária é uma fatia da TR mensal. É a somatória das taxas diárias que formam a taxa mensal. No momento em que você faz o resgate de seu investimento, é o valor diário da TR que é considerado para o reajuste da rentabilidade de seu investimento.
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Como a TR afeta meus investimentos?
A TR está presente em uma série de aplicações financeiras, como a Poupança, o FGTS e os títulos de capitalização. Normalmente, esses investimentos têm sua rentabilidade mensurada por alguma taxa principal aliada à Taxa Referencial.
A TR está zerada desde setembro de 2017. Em razão de juros e inflação baixos, não houve alteração da TR por parte do Banco Central – órgão responsável pelos ajustes. O que na prática significa que as aplicações que dependem da taxa estão rendendo menos do que a inflação.
A poupança é o principal exemplo. Seu cálculo de rentabilidade está relacionado a um percentual da taxa Selic. Quando a taxa está acima de 8,5% ao ano (a.a.), o rendimento mensal é de 0,5% mais a TR mensal. Se a rentabilidade da Selic estiver abaixo de 8,5% a.a., é considerado 70% do valor da Selic mais o valor da TR.